Francisco Cândido Xavier
O ARADO
''E Jesus lhe disse: Ninguém,
que lança mão do arado e olha para
trás é apto para o reino de Deus.''
- (Lucas, 9:62)
Aqui, vemos Jesus utilizar na edificação do Reino Divino um dos mais belos símbolos.
Efetivamente, se desejasse, o Mestre criaria outras imagens. Poderia reportar-se às leis do mundo, aos deveres sociais, aos textos da profecia, mas prefere fixar o ensinamento em bases mais simples.
O arado é aparelho de todos os tempos. É pesado, demanda esforço de colaboração entre o homem e a máquina, provoca suor e cuidado e, sobretudo, fere a terra para que produza. Constrói o berço das sementeiras e, à sua passagem, o terreno cede para que a chuva, o sol e os adubos sejam convenientemente aproveitados.
É necessário, pois, que o discípulo sincero tome lições com o Divino Cultivador, abraçando-se ao arado da responsabilidade, na luta edificante, sem dele retirar as mãos, de modo a evitar prejuízos graves à ''terra e a si mesmo''.
Meditemos nas oportunidades perdidas, nas chuvas de misericórdia que cairam sobre nós e que se foram sem qualquer aproveitamento para nosso espírito no sol de amor que nos vem vivificando, por preferirmos a ociosidade e a indiferença.
Examinemos tudo isto e reflitamos no símbolo de Jesus.
Um arado promete serviço, disciplina, aflição e cansaço; no entanto, não se deve esquecer que, depois dele, chegam semeaduras e colheitas, pães no prato e celeiros guarnecidos.
Pelo Espírito EMMANUEL , através de Francisco Cândido Xavier
No livro: Pão Nosso
Pag:17