Um Monge após anos treinando a arte do silencio, conseguia escutar o que o seu coração dizia.
Pelo coração o Monge tinha o seu roteiro sagrado de cada dia. Era o seu coração quem ditava os sentimentos em forma de luz a Consciencia.
Numa tarde ensolarada o Monge foi enviado para a cidade após muitos anos de reclusão.
Seu coração batia forte, pois a sua rotina havia mudado. Com isso a consciencia ficou com névoas, pois com o coração desordenado, os pensamentos jorravam de igual modo.
Chegando a cidade o Monge notou o barulho da cidade. Estranhou a principio, mas conforme as horas iam se passando ele se deixava levar pela distração.
Via lindas mulheres e os votos que tinha feito pareciam castelos de areia a se desmonorarem.
Sentia a vida borbulhando, sentia pelo barulho que as pessoas eram agitadas e comparou todo o tempo que ficara isolado no silencio.
Seu coração de Mestre falava com sua consciência de Aprendiz:
- Não te distraias, a vida que se te apresenta do modo que enxergas tem suas armadilhas.
O Monge começava a sentir um conflito que não havia experimentado antes.
A voz do coração voltou a falar:
- Esta é uma experiencia; é um teste a tua propria fidelidade; aquieta-te e faze o que vieste fazer aqui.
O Monge então levantou-se e foi comprar os mantimentos necessários a sobrevivencia de seu grupo.
Chegando na loja comprou os mantimentos e voltou pelo mesmo caminho que viera, ou seja, pelo deserto.
Com os mantimentos na mão ele foi caminhando agora mais devagar na viagem de volta. Pensamentos estranhos agitavam sua mente e o coração de encheu de misterio e de medo do desconhecido.
No meio do caminho foi supreendido por vilões do deserto que lhe roubaram todo o mantimento.
Mais uma vez seu coração ficou apreensivo e levou a mensagem a sua consciencia agora já completamente tomada por nuvens negras de pavor.
Tinha ficado somente com um cantil de agua pela metade e o forte sol incomodava seus passos vacilantes pelo deserto.
Após andar alguns quilometros encontrou um ancião caido nas areias do deserto.
Abriu o cantil com a pouca agua que restava e a deu de beber para o ancião.
Poucos minutos depois o ancião faleceu, pois estava com o corpo muito debilitado pelo forte calor.
O Monge então se ajoelhou e perguntou ao seu coração sofrido o porque de tantas provas diferentes num unico dia.
- Porque ó minha alma, porque sinto sensações tão estranhas , porque emoções tão fortes me assaltam num unico dia?
O Monge sentiu que seu coração batia agora devagar..quando o sentia assim era certa uma resposta consciente.
- Toda sua vida foi de reclusão; foi-lhe dito destas emoções, porém precisavas vivencia-las para que pudesse ter o livre arbitrio; os ensinamentos foram feitos, mas estavas preparado realmente?
Julgue a tua consciencia através deste coração que te quer ver chegar ao começo da verdadeira luz! A luz começa a descortina-se através das experiencias; as decisões sábias que vem do coração são as que alavacam a forte luz dos Sois que vedes nos Cosmos.
Não te detenhas no deserto; continua tua caminhada agora que já passaste pela experiencia da indecisão, da luxuria e do medo. Atraiste para si as nevoas dos pensamentos negativos...Agora sabeis distinguir que as experiencias negativas poderiam ser positivas se tivesseis tomado a decisão do Coração. Esta decisão só pode ser tomada por aquele já conheceu um caminho e agora tem a opção de escolher.
Sabei então qual é a escolha. Vai, continua tua viagem e não erres mais!