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05/07/2013

O discipulo e a Montanha


O discípulo e o Mestre subiram juntos a uma montanha. Quando chegaram ao topo, o discípulo perguntou ao Mestre:

- Mestre, o que podemos aprender olhando daqui de cima?

O mestre levantou o braço e indicou para as nuvens:
- O nosso objetivo, amado discípulo, é a elevação. Se daqui das montanhas tens uma visão privilegiada dos terrenos abaixo, imagina mais acima. Assim será também com a elevação do espirito. Imagine o espirito como uma montanha a escalar. Elevando-se o espirito terá uma visão completa do corpo que comanda. Assim sendo dominará as paixões, saberá enfrentar as tempestades com tranquilidade.

O discípulo assentiu com a cabeça e disse:
- Sim, Mestre, daqui vejo os pássaros atravessando as nuvens e os raios do sol mais nitidamente. Que paz e tranquilidade sinto aqui em cima!

O Mestre então apontou para baixo:
- Na superfície arrastam-se muitos seres presos as suas paixões, mas poucos procuram pela paz e pela limpidez de consciência. Uma vez um Homem subiu as montanhas para divulgar a beleza poética que suas palavras divinas transmitiam. A Montanha foi sua parceira para acalmar e chamar os corações para suas verdadeiras moradas.
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
Sim, querido discípulo! A elevação faz com que a visão seja nítida; que a audição e o falar sejam seletivos;  que os passos para o amor sejam marcantes; que a consciência assuma o controle do tesouro que está dentro de si.

As montanhas simbolizam a escada de Jacó ; cada degrau uma etapa e cada chegada uma nova fase. Diversas montanhas mostraram ao homem o esforço da subida simbólica do espirito perante a história do planeta: Monte Ararate , Tibet, Monte Sinai, Himalaia e a montanha do Sermão de Jesus. 


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