179 - Entendamos servindo
“Porque também nós éramos noutro tempo insensa-tos.”
–
Paulo. (Tito, 3:3.)
O martelo, realmente, colabora nos primores da estatuária,
mas não pode golpear a pedra, indiscriminadamente.
O remédio amargo estabelece a cura do corpo enfermo, no
entanto, reclama ciência na dosagem.
Nem mais, nem menos.
Na sementeira da verdade, igualmente, é indispensável não
nos desfaçamos em movimento impensado.
Na Terra, não respiramos num domicílio de anjos. Somos
milhões de criaturas, no labirinto de débitos clamorosos do passado,
suspirando pela desejada equação.
Quem ensina com sinceridade, naturalmente aprendeu as
lições, atravessando obstáculos duros.
Claro que a tolerância excessiva resulta em ausência de
defesa justa, entretanto, é inegável que para educarmos a outrem, necessitamos
de imenso cabedal de paciência e entendimento.
Paulo, incisivo e enérgico, não desconhecia semelhante
realidade.
Escrevendo a Tito, lembra as próprias incompreensões de
outra época para justificar a serenidade que nos deve caracterizar a ação, a
serviço do Evangelho Redentor.
Jamais atingiremos nossos objetivos, torturando chagas,
indicando cicatrizes, comentando defeitos ou atirando espinhos à face alheia.
Compreensão e respeito devem preceder-nos a tarefa em
qualquer parte.
Recordemos nós mesmos, na passagem pelos círculos mais
baixos, e estendamos braços fraternos aos irmãos que se debatem nas sombras.
Se te encontras interessado no serviço do Cristo, lembra-te
de que Ele não funcionou em promotoria de acusação e, sim, na tribuna do sacrifício
até à cruz, na condição de advogado do mundo inteiro.
Ditado pelo Espírito Emmanuel
no Livro Pão Nosso
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel
no Livro Pão Nosso
Francisco Cândido Xavier
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